segunda-feira, 20 de junho de 2016

Ser GAY


      Oi betas, como vocês estão? Eu estava precisando escrever algo, mas não estou conseguindo trabalhar nos livros novos, então vi pra cá. o meu refugio.
      Mas enfim, estou aqui pra falar um pouco sobre a dificuldade de ser alguém que faz parte da comunidade LGBT.
     É horrível fazer parte desse mundo, as não pelos motivos que as pessoas acham. Se for uma pessoa inteligente, então pode ser que temos os meus pensamentos.
     É horrível sair na rua e sentir medo de todos que passam com um olhar diferente, eu nunca consigo saber se a pessoa está querendo fazer algo comigo (seja isso sexo ou me machucar). As pessoas acham que é fácil ter que viver com medo. As pessoas olham como se fosse uma escolha, mas ninguém escolhe ser jogado pra fora de casa como se fosse lixo; ou então, ser espancado ou até assassinado. As pessoas precisam entender que não é uma escolha ser assim. Sim, poderíamos procurar uma parceira e estragarmos a vida dela, fazendo-a viver uma mentira, mas não é certo. Isso sim não é certo, viver uma mentira, ser quem você não é.
      Se eu pudesse namorar somente garotas gostosas, peitudas, com a PPK gostosa, assim eu faria. Mas não, eu gosto de mulheres também (apesar da ideia que as pessoas têm em relação ao titulo) também. Só que eu já vi as minhas mães (e sim, eu tenho mais de uma mãe e fui adotado por  um casal incrível) sofrerem por causa de seus maridos (deixando claro que os meus pais adotivos são felizes, mesmo com os problemas que vem no dia a dia).
       Mas eu me lembro do dia que contei pra Grazi (minha mãe adotiva) sobre a minha orientação sexual e eu achava que ela aceitaria numa boa. Meio que foi isso que aconteceu, ela conseguiu me fazer ficar mais calmo. Mas o meu problema não era tanto ela, o meu medo vinha mais além. Mesmo que seja um filho adotado (deixando claro aqui, que ser adotado não te faz ser mais filho ou menos filho de alguém. Não existe isso. Um filho é um filho), Um pai sempre sonha com um filho namorando garotas, casando com uma mulher (alguns pais preferem a libertinagem, ou seja, sem casamento. Apenas sexo), tendo filhos e tudo mais. Sendo um homem.
       O Rob (meu pai adotivo) é incrível, ele simplesmente me fez sentir orgulho de ser quem eu sou. Ele me fez querer ser um homem cada vez melhor. Ser como ele.
        Quando eu digo ser um homem melhor, não significa que eu deixei de gostar de caras. Apenas significa que eu posso ser alguém incrível (assim como os meus pais são. Tanto os adotivos, quanto os biológicos)  e não precisar abrir mão de ser quem eu sou. Eu ser um cara que fica com outro cara ou  ser um cara que fica com um garota, no fim do dia eu ainda serei um menino bobão que sempre sorri de coisas bobas, que fica olhando pro teto e sonha em ter alguém que vai amá-lo intensamente.
         Vocês devem estar perguntando o porquê da foto no começo, calma que vou explicar.
         Antes de me tornar o Scott Gobett youtuber/escritor, eu era o Lord Andre escritor/poeta. No meio dessa vida conturbada, eu encontrei  uma garota incrível (por quem me apaixonei perdidamente) e já não sabia mais viver sem ela. Então nosso namoro passou pra um noivado e pra um "quase" casamento. Todos esses desafios nos fizeram olhar mais afundo. Percebemos que o fim estava ali e não tinha mais como voltar, era um caminho sem volta (pelo menos por aquele momento).
       Eu tinha tanto medo de decepciona-la, que eu comecei a medir minha atitudes e meus pensamentos (todo mundo sabe que sou sincero até mais do que devia). As coisas pioraram quando uma pessoa do meu passado começou a mexer comigo, me provocando. Eu admito, eu me sentia um lixo por isso, mas eu estava gostando de saber que alguém realmente estava interessado por mim e meio que esqueci que aquele jeito frio de ela agir, era ela sendo ela.
      A minha "esposa" nunca foi uma pessoa muito sentimental e eu acho que o fato de eu ser o primeiro dela, deixava com muito medo de se machucar, só que o que ela não estava percebendo é que aquilo estava me machucando. Eu não aguentava doar 100% de mim e receber 2% dela, então quando outra pessoa decidiu doar 40% pra mim, eu me senti importante. Eu ainda amava a minha mulher, mas eu não conseguia parar de pensar que eu queria que fossemos um casal melhor. Eu não podia cobrar nada dela, ela tinha 19 anos. Era demais pra nós dois. Ser o último ano de faculdade não ajudava a arrumar tempo extra pro casal, então fomos esfriando mais do que o relacionamento já estava frio, então acabou. Ela era a mulher com quem eu queria casar, construir uma familia, ter uma casa, poder discutir todos os dias por ter esquecido a toalha no lugar errado, ou então discutir sobre musicas que já enjoamos de tanto ouvir. Talvez passar uma lua de mel por ano conhecendo novos lugares. Talvez ter 3 filhos, 2 cachorros. Sei lá. Ela nunca entendeu que eu a amava de verdade. Ela era a minha mulher e quando eu disse que se eu tivesse que casar com uma mulher, essa mulher seria ela. Não sei se lá no futuro eu conhecerei uma garota incrível que me fara mais feliz do que eu podia imaginar, mas hoje eu ainda mantenho o meu pensamento. Se eu tivesse que casar com uma MULHER, essa seria ela.
      Mas se no futuro eu casar com um cara nerd, que gosta de ler livros e ouvir musicas calmas, ainda assim, eu seria feliz, pois eu estaria sendo eu mesmo, eu estaria vivendo de verdade. Vocês sabem que eu sempre prefiro ser sincero comigo. Hoje eu ainda amo a Giane e demais, mas nunca teremos chances de voltar a ser o que eramos no começo. Assim como eu e o Gabriel (ou Scoriel) não teremos chances de sermos felizes um com outro, a menos que ele decida viver tudo, mesmo com os desafios.
      Enfim, ser GAY não significa que você é menos humano que as outras pessoas, só mostra que você ama a vida e é gay (feliz).


POR FAVOR, PAREM COM ESSE PRECONCEITO ESCROTO. VIVA O AMOR E AME A VIDA.


#PorUmMundoComMaisCompaixão

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